9 de abril de 2014 // In Dissertação
SÍNDROME DE BURNOUT e o trabalho dos pastores da Igreja Presbiteriana do Brasil no estado de Minas Gerais
Mestrando(a): ANA CRISTINA DE OLIVEIRA SANTOS
Orientador(a): Prof. Dr. Luiz Carlos Honório
Esta pesquisa teve por objetivo analisar as dimensões da síndrome de burnout
em pastores evangélicos da Igreja Presbiteriana do Brasil no estado de
Minas Gerais. Consistiu em um estudo de caso descritivo, com abordagem
quantitativa e qualitativa. Na abordagem quantitativa, foi utilizado o
questionário Maslach Burnout Inventory (MASLACH; JACKSON, 1981;
1986), instrumento composto por 22 itens e adaptado pelo pesquisador
Codo (1999), com uma amostra de 94 pastores.
Para o tratamento dos dados
quantitativos, foram utilizadas as técnicas univariada e bivariada. Na
abordagem qualitativa, foram realizadas dez entrevistas
semiestruturadas, para o aprofundamento dos dados obtidos na pesquisa
quantitativa. Na análise descritiva, observou-se nível mediano de burnout
para a dimensão “baixa realização profissional”, enquanto para a
dimensão despersonalização houve uma tendência para ausência de burnout. Evidenciou-se uma situação mediana de burnout
para o indicador de exaustão emocional “Trabalho com pessoas o dia todo
e isso me exige um grande esforço”. Novamente, destacou-se uma situação
de nível baixo de burnout para a dimensão “despersonalização”,
com destaque para o fato de os pastores alegarem não tratar seus membros
como objeto. Quanto às variáveis em relação à dimensão “baixa
realização profissional”, constatou-se um nível mediano de burnout
para o indicador “Sinto-me com muita vitalidade”. Na análise
bivariada, evidenciou-se diferença significativa de escores nas
dimensões “exaustão emocional” e “baixa realização profissional em que
os pastores mais novos se queixam mais da exaustão emocional”, quando
comparados aos pastores mais velhos. Os pastores mais novos também se
sentem menos realizados profissionalmente que os mais seniores.
Comprovou-se, ainda, que os pastores com menos de 16 anos de trabalho
apresentam maior nível de exaustão emocional quando comparados aos
pastores que estão no ministério há mais de 16 anos. Demonstrou-se
também que os pastores com até 5 anos de trabalho na igreja anterior
apresentam maior exaustão emocional em comparação aos pastores com
tempo de trabalho na igreja anterior acima de 6 anos, em que esse nível
de exaustão diminui. Constatou-se que os pastores efetivos apresentaram
um quadro de baixa realização profissional em relação aos auxiliares e
aos evangelistas. Para a análise dos resultados qualitativos, foi
possível descrever uma série de subcategorias, ressaltando-se somente as
mais relevantes para os dez entrevistados, as quais foram: para
“exaustão emocional”, cansaço físico, relações interpessoais,
envolvimento emocional e amadurecimento profissional; para
“despersonalização”, a qualidade das relações; para “baixa realização
profissional”, cobranças por resultados, complexidade do trabalho e
entendimento do ministério pastoral; para “significado do trabalho
pastoral”, a importância do trabalho; para “prazer no trabalho
pastoral”, evidências do trabalho pastoral; para “sofrimento no trabalho
pastoral”, apoio e reconhecimento; e para “estratégias para lidar com burnout”,
importância do trabalho. Tal levantamento teve por objetivo
diagnosticar em quais dimensões os pastores da Igreja Presbiteriana do
Brasil estão mais propensos a desenvolver, ou não, a síndrome de burnout.
BANCA EXAMINADORA:
Prof. Dr. Luiz Carlos Honório
ORIENTADOR (Faculdade Novos Horizontes)
Prof. Dr. Luciano Zille Pereira
Faculdade Novos Horizontes
Profª Drª Simone Costa Nunes
PUC-MINAS
Linha de Pesquisa: Relações de Poder e Dinâmica das Organizações
Área de concentração: Organização e estratégia
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