Wycliffe defendia a autoridade das Escrituras em detrimento da autoridade do papa e das tradições eclesiásticas. Essa afirmação gerou a ira do papa. Este pre reformador ensinava claramente que tudo quanto o pecador precisa para ser salvo, pode e deve ser encontrado na Bíblia. Seu alvo e seu árduo trabalho foi com o objetivo de tornar a Bíblia acessível às pessoas em sua própria língua. Como ele e seus companheiros não conheciam o hebraico e o grego originais, eles traduziram o texto do latim para o inglês - usando a tradução latina de Jerônimo, escrita à mão a mais de 100 anos. Seus ensinamentos também diziam que é por meio da Bíblia que o pecador descobre como pode ter um relacionamento pessoal com Deus através de Jesus Cristo.
Em 1382 Wycliffe, em um dos seus livros, atacou a autoridade papal, afirmando que Cristo é o chefe da igreja e não o papa. As Sagradas Escrituras devem ser a autoridade máxima sobre os crentes e não a igreja. Também ensinou que a igreja era composta pelos eleitos de Deus.
Os ensinos de Jonh Wycliffe foram formalmente condenados, 30 anos após sua morte. Seus escritos foram destruídos, seus ossos foram desenterrados e queimados e as cinzas jogadas no rio. Porém, sua doutrina continuou sendo pregada entre o povo pelo grupo religioso e político formado pelos seus seguidores, este grupo ficou conhecido como os Lolardos. John Wycliffe faleceu em 13 de dezembro de 1384, em Lutterwort, Inglaterra.
Diante deste relato, ainda que sucinto, podemos afirmar que ele deixou uma base protestante que mais tarde foi utilizada por Martinho Lutero e João Calvino.
Rev. Joaquim de Sousa Ramos
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