Alguém já disse que se fosse definir, diria que o evangelho “é o anúncio da graça”. E o grande apóstolo Paulo escreveu em Romanos que o evangelho da graça “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crer” (Romanos 1: 16 -18).
O evangelho da graça é o evangelho de Cristo. O evangelho que livra o homem das algemas da religiosidade, do farisaísmo ferrenho, do tradicionalismo que mata, dos dogmas religiosos que muitas das vezes nos oprimem.
É o evangelho que conduz o homem às pastagens verdejantes do reino de Deus. Trata-se de um evangelho lindo, pois nele o “Espírito sopra de maneira livre, indo além do legalismo vazio”, mecânico, oco, formal, muitas das vezes sem significado nenhum.
No evangelho da graça, como bem friso alguém, não “há vivência templária, contemplativa, formatada com base em estruturas fundamentadas de dogmas antigos, ritos e regras comportamentais”. O evangelho da graça nos ensina sermos éticos (a grande crise do momento), sem sermos moralistas, conforme era o grande pensador Dietrich Bonhoeffer ___ um dos principais teólogos do século 20, lido, respeitado e estudado por todo mundo, só não pelos fundamentalistas.
Não podemos nos esquecer que a religiosidade legalista mata e maltrata, ao contrário do evangelho da graça, que é libertador, restaurador (João 08. 32). Trata-se de um evangelho que traz vida abundante (João 10: 10). Não o evangelho do peso, nem do jugo (Mateus 11. 28 - 30), mas do alívio, da cura, da terapia, do refrigério e da restauração. Não da religiosidade da acusação, mas da graça libertadora do perdão: “Onde é que estão os teus acusadores? Nem eu tão pouco te condeno, vai-te e não peques mais” (João 08. 9 -11).
Portanto, como já dizia alguém, “esse legalismo baseado em relações de sacrifícios e méritos não pode substituir o evangelho da graça”, pois não estamos no tempo da lei, mas na era livre e graciosa inaugurada pelo Cordeiro “pascal”.
No evangelho da graça Cristo pagou, quitou uma vez por todas para nos trazer libertação plena e completa: “Quando ele tomou o vinho, disse: “tudo está completado”. Tudo está quitado e pago” (João 19. 30). Ora meu amado, o evangelho da graça é muito simples, nós que o complicamos, não é mesmo?
Sem querer ser nenhum crítico, mas não posso negar que na maioria das vezes tenho observado uma mensagem muito forte dessas formas e ritos, dogmas e práticas, tentando impedir a ação preciosa do Espírito Santo, o que não faz da vida um estilo de festa, regozijo, júbilo e alegria para glória e louvor do Pai.
No evangelho da graça há alegria, libertação e louvor: “vamos começar a festejar, porque esse meu filho estava morto e viveu de novo, estava perdido e foi achado. Ecomeçaram a festa” (Lucas 15: 24 - 25).
Portanto é bom sabermos que esse evangelho da “graça não vive nenhuma manutenção obcecada das chamadas formas religiosas, sejam elas provenientes de qualquer cultura, se da européia do século XVI, ou mesmo do caldo pop evangélico desenvolvido nas últimas décadas. Ora, essas coisas são, pois, secundárias!”.
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